O novo método promete detectar uma célula doente em meio a um bilhão de células saudáveis.
Cientistas americanos vão testar em larga escala um método que promete levar a um avanço significativo no tratamento do câncer. A reportagem é de Rodrigo Bocardi.A maioria dos tumores libera células que circulam na corrente sanguínea. Se o tratamento de combate ao câncer está dando certo, o número dessas células no sangue cai. O problema é que o método para descobrir isso é limitado e caro. E muitas vezes requer uma nova biópsia, a retirada de um pedaço de tecido do corpo.
Pesquisadores de Boston anunciaram o que promete ser um divisor de águas. O teste feito com o sangue do paciente usa um microchip feito de silicone parecido com uma lâmina de laboratório, onde estão 78 mil pequenos cilindros, como cerdas de uma escova de cabelo, que contêm uma substância capaz de atrair e prender as células cancerosas.
No momento em que o sangue passa pelo chip, as células doentes se grudam nesses cilindros e são identificadas por um corante que faz elas brilharem. Desta forma, os pesquisadores podem contá-las e retirá-las para estudo.
O novo método promete detectar uma célula doente em meio a um bilhão de células saudáveis e já foi testado com sucesso em 200 pacientes. Ele pode também representar uma forma bem mais simples e personalizada de guiar o tratamento, com mais eficácia e custos mais baixos.
Por meio dele, o médico pode também verificar se os medicamentos estão agindo de forma positiva ou se é preciso mudar alguma coisa.
Quatro institutos de combate ao câncer, nos Estados Unidos, vão usar esses testes de forma experimental este ano.
Um deles é o Sloan Kettering, em Nova York. As experiências nele vão ajudar para aprimorar o teste, abrir caminho para uma produção em larga escala e contribuir para que essa descoberta esteja ao alcance de todos, o mais rapidamente nessa nova década.
FONTE: www.globo.com/jn
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